- 30 de novembro de 2021
- Posted by: Safira-Private-admin
- Category: Investimento

É importante cultivar um pensamento voltado para o longo prazo na hora de fazer seus investimentos, é fundamental para que os planos futuros possam ser concretizados com mais tranquilidade e conforto. Por isso, esse conselho é tão válido, não só para ativos em renda fixa, mas para os de renda variável também.
Um planejamento de resgate para daqui 20, 30, 40 anos, vai muito além da tarefa de se planejar financeiramente. Exige um esforço mental para evitar que o desânimo apareça no meio do caminho e ponha tudo a perder. Quando o desânimo aparecer, lembre-se de grandes investidores construiu seu patrimônio no longo prazo e fez história no mundo dos investimentos.
Qual o primeiro passo para uma estratégia a longo prazo?
O primeiro passo para montar uma estratégia a longo prazo é pensar na diversificação da carteira de investimentos. Do ponto de vista da carteira de investimentos líquida, dividir os “ovos” em mais de uma “cesta” faz mais sentido para proteger o que já foi construído e mirar no futuro da carteira.
O segundo passo seria pensar na qualidade dos ativos e no quanto eles são descorrelacionados uns dos outros. As criptomoedas, por exemplo, por mais que tenham uma alta volatilidade, não são correlacionadas a outros ativos que possuem influência do governo, por exemplo. Por isso, ter uma pequena parte no seu portfólio nesse ativo, pode ajudar a diminuir o risco da carteira no final do dia.
Um investidor pode ter uma carteira com diferentes ativos brasileiros, mas se não há diversificação regional, isso pode ser um problema também. Porque se der um problema no Brasil, como estamos vendo agora, a carteira inteira vai mal ao mesmo tempo.
A alocação estrutural da carteira precisa, então, levar em consideração os pilares que envolvem a diversificação e a descorrelação dos ativos, que citamos acima, permitindo que um ativo compense o outro. Essa estrutura é fundamental para evitar que o investidor balance em momentos de instabilidade do mercado.
Como o cenário econômico atual impacta na montagem da carteira?
Pensando em um processo de montagem de carteira a longo prazo, olhar o cenário atual pode não ser o principal ponto de partida. Exatamente porque, ao fazer a alocação dos ativos, é essencial montar uma carteira que irá proteger o investidor em diferentes cenários e momentos. Entretanto, saber avaliar o cenário econômico contribui no momento de definir a distribuição de cada ativo. Por exemplo: “ a maior parte vai ficar para a Bolsa?”, “o dólar deve ocupar quantos % da carteira?”, entre outros questionamentos.
O cenário é sim muito relevante na alocação mais tática e na hora de fazer mudanças e trocas. Mas, é importante sempre respeitar o perfil do investidor e a tolerância ao risco, porque o cenário pode indicar uma mudança e, mesmo assim, o movimento pode ser feito tarde demais.
Sobre o tempo ideal para a correção de rota, o consenso indica que o que vai influenciar é o perfil de cada investidor. Existe o perfil que pede uma mudança mais rápida, e outro que leva mais tempo para fazer uma movimentação. Mas, cada passo deve ser seguido com inteligência e estratégia.
E o cenário da inflação?
Muitos investidores pensam que se proteger da inflação significa comprar títulos e fundos atrelados à inflação. E não está errado. Mas, é preciso avaliar melhor os ativos que têm uma parte deles prefixado + um spread.
Títulos de renda fixa do Tesouro Direto são híbridos, isso porque, ao comprar o título, pode ser que haja um “estresse no mercado” e esse spread aumenta, fazendo com que o título adquirido anteriormente tenha uma marcação a mercado menor.
Como ser um investidor a longo prazo no Brasil?
Os cenários nunca são tão bonitos quanto aparentam, e nem tão ruins. A recomendação principal é manter a calma e a frieza na hora de atuar, pensando sempre no longo prazo. Converse com o seu assessor para montar uma carteira “bem amarradinha” e com as alocações certas, é primordial.